sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Livros lidos em 2022

 

      O ano de 2022 marcou, profundamente, minha vida pessoal, espiritual e intelectual. Os detalhes dessa aventura estão espalhados em textos que publiquei ao longo dos meses, além de outros que pretendo terminar futuramente — à exceção daquilo que pretendo reservar àqueles que me veem de perto. Afinal, todos têm direito a um pouco de discrição em suas vidas.

Aquilo que vou apresentar aqui, ao final de mais um ciclo formativo, é a lista dos livros e autores que li em 2022. Eventualmente, o leitor notará que, neste ano que está prestes a acabar, li quase o mesmo que em anos passados. No entanto, quero deixar claro minha insatisfação quanto ao resultado final. Obviamente, ler não é uma prova de atletismo ou uma espécie de exibição circense, isto é, quantidade e velocidade não são o mesmo que qualidade. Pois há livros e escritores incontornáveis, cuja densidade e complexidade equivalem a dezenas de autores medianos; quem se dedica à leitura sabe bem do que estou falando. Contudo, tenho clareza de que, como escritor e ambicioso aspirante a humanista, eu deveria ler ao menos o triplo do que apresentarei aqui.

Há muito por se aprender, meus estimados leitores e leitoras! O universo cultural e científico criado, ao longo dos últimos milênios, pelos mais notáveis da Humanidade é algo que beira ao infinito; de fato, ninguém pode declarar que sua jornada intelectual concluiu-se, que chegou ao seu limite. Com efeito, quanto mais me dedico à leitura e ao estudo, mais compreendo a profunda dimensão da minha vexatória ignorância. É por causa disso que me frustro com os resultados do meu esforço. Não escondo meu lado preguiçoso e indisciplinado, prisioneiro da procrastinação mais entorpecida e irresponsável. Muitos ainda esperam que isso se resolverá em algum momento do futuro, mas, estando prestes a completar trinta anos, desconfio que esse traço da minha personalidade se manterá inalterado. Enfim, suspeito que serei discípulo dos velhos mestres até o fim da minha vida, o que não se configura como algo necessariamente ruim.

Por fim, espero que esta listinha propicie, aos meus leitores e leitoras, uma noção aproximada do meu percurso ao longo do ano. Evidentemente, não incluí na lista os textos que li na internet, pois a quantidade é demasiadamente elevada, além de estarem dispersos em vários sites e colunas.

 

1.      Vida e morte no budismo tibetano, Chagdud Tulku Rinpoche (Makara); Portões da prática budista, Chagdud Tulku Rinpoche (Makara);

2.      Chamamento ao povo brasileiro, Marighella (UBU);

3.      A política armada, Hector Luís Saint-Pierre (Editora UNESP);

4.      A igreja militante, Charles R. Boxer (Companhia das Letras);

5.      China Tropical, Gilberto Freyre (Global Editora);

6.      Nordeste, Gilberto Freyre (Brasiliense);

7.      Revolução Coreana, Paulo Fagundes Visentini, Helena Hoppen Melchionna, Ana Lúcia Danilevicz Pereira (UNESP); Revolução Cubana, Luís Fernando Ayerbe (UNESP);

8.      Ensaios escolhidos, Augusto Meyer (José Olympio Editora);

9.      Machado de Assis – Vida e Obra Vol. 2, Magalhães Júnior (Record);

10.  Os sofrimentos do jovem Werther, Goethe (Penguin – Companhia);

11.  A arte do Romance, Milan Kundera (Companhia das Letras);

12.  Por que escrevo, George Orwell, (Penguin – Companhia);

13.  O Estrangeiro, Albert Camus (Record);

14.  O Mito de Sísifo, Albert Camus (Record);

15. Mensagem, Fernando Pessoa (Nova Fronteira).

 

Daniel Viana de Sousa

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