Tudo que o
tempo esgarça
cativa meu
coração errante:
a velhice
consumida pela traça
a santa
loucura dum mero instante.
Sou homem
que detesta a farsa,
mas que
venera um furor arrogante:
o selvagem
que luta pela taça
e o amor
embevecido da puta amante.
Sempre me
livre da maldita desgraça
de viver sem
um apelo vibrante,
morrendo como
uma vil ameaça
ao prazer duma
paixão extravagante.
Me conceda
uma felicidade esparsa,
semeada em
cada lugarejo distante,
pontilhada
numa folha que realça
minha busca
por um gozo delirante.
Daniel Viana
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